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Archive for the ‘Arquitectura’ Category

Torre de São Sebastião ou Palácio do Conde de Castro Guimarães – Cascais – Lisboa

Posted by mjfs em Setembro 28, 2009

 Torre de São Sebastião - Palácio dos Condes Castro Guimarães

Implantado junto à entrada para a Boca do Inferno, o Palácio do Conde de Castro Guimarães, como ficou conhecido, é uma arquitectura fortemente cenográfica e pictórica, que encontra, na perfeita integração com o meio envolvente e com os equipamentos já aí existentes, como a ponte rústica, um dos seus maiores trunfos. Por outro lado, e no contexto do século XIX, em que a história é integrada na arquitectura como memória colectiva , este palacete de veraneio constitui um exemplo de eclectismo, ao mesmo tempo unificador de várias linguagens arquitectónicas, que lhe conferem um enorme sentido de monumentalidade.

Seguindo a descrição de Branca Colaço e Maria Archer, o autor do projecto “deu-lhe a graça medieval das janelas geminadas, as cúpulas das igrejas orientais, os mirantes dos serralhos moiriscos, os coruchéus das catedrais góticas, os alpendres dos solares minhotos, as torres das fortificações bárbaras, os varandins dos palácios italianos, as arcarias do estilo manuelino, mil enfeites, mil contornos diversos”. A mesma ideia está presente nos estudos recentes de Regina Anacleto, nas palavras de quem este edifício “patenteia uma amálgama de tendências e de materiais que se estendem desde o castelo senhorial a reminiscências mouriscas, manuelinas e renascentistas, bem como da pedra ao reboco de argamassa, passando pelo revestimento cerâmico”.

A edificação do palácio deve-se à iniciativa de Jorge O’Neill, irlandês ligado aos negócios do tabaco e às finanças que, em 1892, requereu o aforamento destes terrenos à Câmara de Cascais. Tomando o exemplo de D. Luís, os nobres e personalidades influentes elegeram esta orla da linha como destino privilegiado de férias, implantado aqui as suas habitações de veraneio.

Crê-se que o modelo da casa que O’Neill veio a construir seja devido ao cenógrafo Luigi Manini, que o irlandês teria encontrado a pintar, neste local, inserindo na paisagem um palacete revivalista, tão ao gosto de outros projectos da sua autoria, como o Palace Hotel do Buçaco. Foi, no entanto, o pintor Francisco Vilaça quem concebeu o desenho do palácio, cerca de 1900, imprimindo-lhe um carácter cenográfico, devedor de Manini e de si próprio, que concentra nas fachadas-cenário todo o esforço decorativo.

Apresenta planta irregular, constituída por um corpo longitudinal onde se inclui o claustro, um outro também de planta rectangular, e a torre de São Sebastião, esta última de aparência românica. Os volumes são, igualmente, irregulares e de formas muito diversas, com fachadas abertas por vãos de características muito diferenciadas. Merecem especial destaque os jardins, com equipamentos diversos e um lago com uma parede de azulejos provenientes, muito possivelmente e como a iconografia indica, de uma igreja de religiosos teatinos. Na verdade, os azulejos que encontramos no exterior e no interior revelam, também eles, o gosto pelo antigo, tendo sido aqui utilizados painéis cerâmicos de origens diversas, quer do século XVII, quer do século XVIII.

Jorge O’Neill imprimiu ao palácio um cunho muito pessoal, bem visível nos elementos de origem irlandesa, como os trevos presentes nos ferros forjados, e nas pinturas de algumas salas.

Em 1910, O’Neill encontrava-se numa situação financeira difícil, que o levou a vender o palácio ao Conde de Castro Guimarães, um importante banqueiro que beneficiava de privilegiadas ligações internacionais. Este, sem descendentes, optou, no seu testamento, por deixar o edifício à vila de Cascais, com a condição do município fazer dele um museu e um jardim público. Assim veio a acontecer em 1927, aquando da sua morte, abrindo o museu ao púbico apenas três anos mais tarde, em 1930. Conservando as características de Casa-Museu, a sua colecção é constituída, essencialmente, por mobiliário, azulejaria, porcelana, pintura e arqueologia, dispondo, ainda, de uma biblioteca.

 

Fonte: (RC) / IPPAR

Outras Ligações:

  • Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
  • Instituto Português de Arqueologia
  • Palácio dos Condes de Castro Guimarães (Pesquisa de Património – IPPAR)
  • Torre de São Sebastião (pt.wikipédia)
  • Palácio dos Condes de Castro Guimarães (Guia da Cidade)
  • Museu dos Condes de Castro Guimarães (cm-cascais)
  • Palácio dos Condes de Castro Guimarães (IPPAR-FOTOS) 

     

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    Castelo de Palmela – Setúbal

    Posted by mjfs em Setembro 16, 2009

     Castelo de Palmela - Foto Jorge Cascalho

    O conhecimento que, na actualidade, possuímos a respeito do castelo de Palmela (graças a quase década e meia de intervenções arqueológicas) é muito diferente do que há alguns anos fazia história. Sede da Ordem de Santiago na Baixa Idade Média, e ponto fundamental na história militar do reino de Portugal, sabe-se, hoje, que a sua relevância no contexto regional é bem mais antiga, recuando ao período romano. A partir desse momento fundacional, testemunhado por espólio cerâmico, não mais parece ter havido interrupção de povoamento. No período visigótico, voltamos a encontrar elementos cerâmicos de transição (com paralelos em outros pontos da península) e dois capitéis que, apesar de resgatados em contextos islâmicos dos séculos IX-X, é de admitir que possam pertencer aos séculos de domínio visigótico ou, em alternativa, a comunidades moçárabes, facto que, a confirmar-se, viria trazer novos dados sobre a permanência cristã no local até cronologias muito tardias, eventualmente em ligação com o próprio poder emiral.

    A época islâmica encontra-se, hoje, sobejamente documentada. Nas chamadas galerias (sector nascente), apesar das escassas dimensões das salas, foi possível confirmar “uma intensa continuidade ocupacional do sítio durante todo o período da presença islâmica”, reveladora de múltiplas remodelações num espaço habitacional ligado à muralha Norte do recinto. Os testemunhos mais antigos pertencem aos séculos VIII/IX, o que demonstra a importância do castelo logo na primeira fase de domínio islâmico na península.

    Apesar do imenso espólio cerâmico resgatado, e de outros materiais provenientes de construções, a evolução do espaço fortificado é ainda motivo de debate. De acordo com as conclusões de Isabel Cristina Fernandes, que temos vindo a seguir, a primitiva estrutura militar islâmica situava-se na secção nascente do actual castelo, adaptando-se às condicionantes do terreno e desenvolvendo-se em planta rectangular ligeiramente em semi-círculo, tendo o acesso pelo lado ocidental. Numa segunda fase, que se pode considerar entre os séculos X e XII, o espaço fortificado ampliou-se extraordinariamente, passando a abranger o núcleo central e ocidental do actual castelo. Datará desse período a construção do poço-cisterna (posteriormente integrado na igreja de Santa Maria), e da porta em cotovelo do lado Norte, ainda hoje a entrada principal no recinto.

    Em 1147, Palmela passou a ser controlada pelas forças cristãs. No entanto, até à conquista definitiva de Alcácer do Sal, já no século XIII, a região (e em particular o curso do rio Sado) esteve sujeita aos ataques islâmicos. Alguns estratos arqueológicos do século XII revelam níveis de destruição que “deverão corresponder ao (…) arrasamento do castelo por Ya’qub al-Mansur em 1191. Em 1186, o castelo havia sido doado à Ordem de Santiago, que terá sido o primeiro estabelecimento dos freires, antes de estabelecerem sede em Santos-o-Velho, na cidade de Lisboa.

    Ao longo da Baixa Idade Média, o conjunto teve várias obras, entre as quais se contam a reconstrução / reformulação santiaguista (provavelmente na viragem para o século XIII), em que se incluirão algumas torres.

    Posteriormente, provavelmente em época dionisina, ter-se-á construído a torre de menagem, vincadamente gótica e protegendo a entrada principal no reduto. No século XV, a instalação definitiva da Ordem em Palmela motivou grandes obras, em particular no sector ocidental, onde se construíram a Igreja de Santiago e o convento. Este último espaço, foi transformado, na década de 70 do século XX, em pousada e mais recentemente, ao abrigo do projecto de animação e dinamização do castelo de Palmela, iniciaram-se as escavações arqueológicas e transformaram-se alguns espaços em salas museológicas e áreas de serviço e de comércio.

     

    Texto: PAF / IPPAR

     Outras Ligações:

     

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    Forte Velho do Guincho ou Forte das Velas – Cascais – Lisboa

    Posted by mjfs em Agosto 1, 2009

     

    Forte Velho do Guincho

     

    Classificação:
    Monumentos; locais de interesse público; fortes e fortificações

    Forte militar de defesa da costa construído no século XVII.

    Com uma arquitectura militar maneirista, o Forte tem uma planta rectangular, com a bateria voltada ao mar e a casa-forte virada a terra.

    As fachadas têm uma grande sobriedade e o frontispício é apenas rasgado por um portal com um arco de volta perfeita, encimado pelas armas de Portugal e a coroa.

    Pela sua planimetria distingue-se dos outros pequenos fortes, edificados durante o mesmo período ao longo da barra do Tejo.

    Ergue-se junto ao mar, num local isolado entre a praia do Guincho e do Abano.

    O Forte é visível para quem circula na estrada junto à praia do Guincho, destacando-se sobre o maciço rochoso e dominando o acesso a esta praia e também à do Abano, numa clara demonstração da capacidade dos estrategas que estudaram a defesa da nossa costa.

    Actualmente encontra-se devoluto e é propriedade pública estatal

    Fonte: Site «Guia da Cidade»

    Outras Ligações:

  • Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
  • Instituto Português de Arqueologia
  • Forte do Guincho (Pesquisa de Património – IPPAR)
  • Forte do Guincho (pt.wikipedia)
  • Forte do Guincho (cm-cascais)
  • Forte do Guincho (Guia da Cidade) 

     

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    Forte de São Teodósio ou Forte da Cadaveira – Estoril – Lisboa

    Posted by mjfs em Abril 28, 2009

     Forte de São Teodósio

    O Forte de São Teodósio, situado na praia de São João do Estoril, fazia parte do conjunto de fortalezas joaninas edificadas entre 1642 e 1648, cuja disposição visava formar uma linha defensiva entre São Julião da Barra e o Cabo da Roca. Segundo indica uma inscrição colocada no portal da fortaleza, a sua construção iniciou-se em Abril de 1642, concluindo-se no ano seguinte.

    O seu traçado “(…) obedecia ao esquema-tipo das fortificações costeiras então construídas (…)”, apresentando planimetria quadrada, dividida em dois espaços rectangulares, que correspondiam à bateria, com parapeito, e aos alojamentos, sobre o qual se dispunha o terraço. Aqueles dividiam-se em três dependências, sendo a central utilizada como pátio, a partir do qual se acedia aos quartéis e ao paiol, dispostos lateralmente.

    A fortaleza era originalmente protegida por uma cortina de trincheiras, e nos finais do século XVII esta linha defensiva foi reforçada com uma cortina exterior. Já no século XVIII foram construídas três guaritas em três dos ângulos do forte .

    Embora durante as centúrias seguintes a fortaleza tenha recebido obras de beneficiação, “(…) a construção joanina nunca chegou a ser posta em causa, tendo mantido, sem alterações de vulto, as características estruturais primitivas (…)”.

    Depois de ter sido desactivado das suas funções militares em 1843, o Forte de São Teodósio foi cedido à Santa Casa da Misericórdia de Cascais, passando posteriormente para a posse de um particular, e voltando à irmandade em 1897. Em 1942, depois da construção da Marginal, o forte seria cedido à Guarda Fiscal, estando entregue a esta instituição até à actualidade.

    Texto: C. O. / IPPAR

    Outras Ligações:

  • Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)

     

  • Instituto Português de Arqueologia
  • Forte de São Teodósio (Pesquisa de Património – IPPAR)
  • Forte de São Teodósio (Guia da Cidade)
  • Forte de São Teodósio (pt.wikipedia)
  •  

     

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    Forte de São Jorge de Oitavos – Cascais – Lisboa

    Posted by mjfs em Abril 24, 2009

     Forte de Oitavos

    Edificado entre 1642 e 1648, e integrando o grupo de fortalezas joaninas que formavam uma linha defensiva entre São Julião da Barra e o Cabo da Roca, o Forte de São Jorge de Oitavos é um “(…) caso singular no conjunto das [fortalezas] que se ergueram logo após a Restauração ao longo da costa de Cascais.”.

    A sua localização permitia o cruzamento de fogo com as fortalezas de Nossa Senhora da Guia e de São Brás, causando um primeiro impacto de intimidação e persuasão face às armadas inimigas que se aproximavam da costa.

    O forte apresenta planimetria poligonal, de lados desiguais, adaptando-se à falésia onde está implantado. As suas dimensões e a organização do espaço são “fora do comum” em relação às fortalezas contemporâneas construídas na costa de Cascais, uma vez que o recinto e a bateria apresentam grandes proporções. Do lado oposto a esta foram dispostos os alojamentos, cinco dependências que formavam um rectângulo.

    Embora tenham sido executadas na fortalezas algumas obras de vulto, a sua estrutura manteve “(…) inalteradas, até finais do século XVIII, as suas características formais.”. Na última década de Setecentos, devido à necessidade de modernizar o sistema defensivo, o Forte de São Jorge foi reformado, e embora a estrutura joanina se tenha mantido, a verdade é que estas obras originaram “um novo espaço fortificado”.

    Depois das Guerras Liberais, o forte entrou em progressiva decadência, sendo cedido à Guarda Fiscal em 1889. Nas últimas décadas do século XX passou para a posse da Câmara Municipal de Cascais, funcionando actualmente como espaço museológico.

    Texto: C.O. /IPPAR

    Últimas Notícias:

    O Forte de São Jorge de Oitavos, edifício classificado como Imóvel de Interesse Público foi cedido à Câmara Municipal de Cascais pela Direcção-Geral do Património do Estado em 1999, com vista à sua musealização.

    Após obras profundas que fizeram ressurgir o seu traçado original, este espaço cultural abriu as suas portas ao público a 1 de Março de 2001. O projecto de musealização incidiu na recuperação de todo o seu interior, enriquecido com uma reconstituição de época, com base num desenho datado de 1796.

    Em Setembro de 2005 o Forte foi encerrado para a realização de novas obras de beneficiação e recuperação, de forma a solucionar alguns problemas entretanto verificados na sua estrutura. Esta intervenção, financiada pela Comissão de Obras, e correspondente a um investimento de 350 mil euros, consistiu na reparação e requalificação do seu espaço interior, bem como na reabilitação das muralhas envolventes, afectadas por um conjunto de patologias nefastas nos rebocos exteriores.

    Após a conclusão dos projectos de arquitectura e especialidades, e de uma revisão dos conteúdos da sua área expositiva, o Forte de São Jorge de Oitavos reabriu ao público no dia 28 de Fevereiro de 2009.

    Neste projecto foi acautelado o total respeito pelas características vernaculares da arquitectura seiscentista (o forte foi construído entre 1642 e 1648), onde se impõe uma planta poligonal com cinco lados desiguais, configurando o volume maciço da maior fortificação marítima entre o conjunto das que se ergueram ao longo da costa de Cascais após a Restauração (1640). O conjunto apoia-se sobre a falésia e espreita o mar com a sobranceria própria de um edifício militar, cuja construção se ficou a dever à necessidade de proteger as gentes da terra dos inimigos que se aproximavam por mar, piratas ou tropas invasoras, que encontravam naquele trecho recortado da costa cascalense um razoável ponto de possível desembarque. Essa vocação está presente em cada ângulo ou muro, na trincheira, nas guaritas e na cisterna, ou na bateria (miradouro), com as suas canhoeiras e merlões, onde actualmente repousam alguns canhões, peças de artilharia que bem evocam a antiga função.

    Também as duas primeiras salas deste centro interpretativo recuperam, através do seu discurso expositivo, as memórias de acontecimentos vários, ocorridos ao longo do tempo e que marcaram de forma indelével a vida de quem aqui residiu e esteve ao serviço da defesa da linha de costa, em tempos de guerra ou de paz. A terceira sala é agora consagrada à realização de exposições temporárias, privilegiando-se temas relacionados com a história e vivências do Forte de S. Jorge Oitavos ou com a história de Cascais.

    Através de pequenos textos, peças e imagens (algumas inéditas), inseridas num layout atraente, os visitantes terão uma percepção mais ampla dos aspectos relacionados com a construção da fortificação e do seu papel enquanto dispositivo militar, inserido no conjunto das muitas fortificações militares da defesa avançada da barra do Tejo. São também abordados alguns temas de maior especificidade, nomeadamente os que se relacionam com o desenvolvimento da artilharia e dos fardamentos, recorrendo-se a réplicas de uniformes e a gravuras antigas, bem como instrumentos que eram utilizados no antigo paiol e no serviço das bocas-de-fogo.

    Principais características históricas:
    De planta rectangular, apoiado sobre a falésia, destinava-se ao aquartelamento de pequenas guarnições, especialmente de artilharia, com o objectivo de comandar o litoral entre o Guincho e a Guia, e evitar desembarques locais;
    Fortificação artilhada com 4 peças e reforçada à força de infantaria, para guarnecer a linha de fuzilaria, sendo a sua lotação normal de 1 cabo, 3 artilheiros e 18 soldados;

    Serviços que disponibiliza:
    Visitas guiadas; visitas guiadas a grupos escolares; projecção de material audiovisual; utilização das instalações para iniciativas de interesse cultural.

    Horário e contactos:
    De 3ª feira a domingo das 10h às 17h00.
    Estrada do Guincho – 2750 Cascais
    Tel.: 214860563
    forte.oitavos@cm-cascais.pt

    Texto e Imagem: cm-cascais

    Outras Ligações:

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    Forte de São Pedro do Estoril ou Forte da Poça – Lisboa

    Posted by mjfs em Abril 23, 2009

     Forte de São Pedro do Estoril

    Situado na praia da Poça, o Forte de São Pedro fazia parte do conjunto de fortalezas joaninas edificadas entre 1642 e 1648, cuja disposição visava formar uma linha defensiva entre São Julião da Barra e o Cabo da Roca. Segundo indica uma inscrição colocada no portal da fortaleza, a sua construção iniciou-se em Abril de 1642, concluindo-se no ano seguinte.

    Actualmente, a estrutura do Forte de São Pedro encontra-se adulterada, mas através da planta executada por Mateus do Couto em 1693, pode ser reconstituída a planimetria original. Na realidade, esta fortaleza apresentava uma disposição em tudo semelhante à fortificação de São Teodósio, embora as dimensões sejam “ligeiramente superiores” .De planimetria rectangular, o corpo principal da fortaleza albergava os alojamentos, dispostos em torno de um pátio, cobertos por um terraço. No espaço contíguo dispunha-se a bateria do forte, de estrutura “rasante, alongada”. O conjunto era rodeado por um parapeito exterior de formato irregular, que formava uma primeira barreira defensiva.

    Depois da sua desactivação, no século XIX, o Forte de São Pedro passou por diversas tutelas, que em diferentes épocas deram distintas utilizações ao espaço. Em 1954 foi transformado em Casa de Chá, e a partir de 1957 foi arrendado a uma particular, passando a albergar um restaurante, o que levou a “múltiplas transformações e acrescentos” da estrutura. Actualmente, funciona como discoteca.

    Texto: C.O. / IPPAR

    Outros Links:

  • Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
  • Instituto Português de Arqueologia
  • Forte de São Pedro (Pesquisa de Património – IPPAR)
  • Forte de São Pedro (Guia da Cidade)
  • Forte de São Pedro (pt.wikipedia)

     

     

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    Forte de Santa Marta – Cascais – Lisboa

    Posted by mjfs em Abril 22, 2009

     Farol do Forte de Santa Marta

    Edificado junto à Ribeira dos Mochos, o Forte de Santa Marta foi provavelmente “(…) edificado ainda na década de 40 do século XVII, sob a égide de D. Luís de Meneses, governador da praça de Cascais”. A data da sua edificação deverá, no entanto, ser mais tardia do que a das restantes fortalezas que se distribuem pela costa de Cascais, uma vez que não é referida na Relação dos Fortes de Cascais , feita em 1646.

    Adaptando-se à topologia do terreno circundante, esta fortaleza era composta por três corpos rectangulares de diferentes áreas, justapostos, destacando-se o espaço da bateria de grandes dimensões, construída com a intencionalidade de “(…) impedir a aproximação de armadas inimigas à zona da baía.”  A esta estava adossado o parapeito.

    Na segunda metade do século XVIII a fortaleza foi objecto de várias campanhas de obras, sendo as mais significativas a de 1762-1763, durante a qual se ampliou o parapeito, e a de 1793, na qual foi levado a cabo um conjunto de intervenções mais profundas, nomeadamente uma nova organização funcional dos espaços da bateria e dos aquartelamentos.

    Em 1864, depois de ter sido desactivado das suas funções militares, foi determinado que se construísse no local um farol, ficando a obra a cargo do arquitecto Francisco Pereira da Silva, que traçou “(…) uma torre de oito metros, quadrangular, que viria a erguer-se no topo este da bateria.” (Idem, ibidem, p. 154). Concluído em 1867, o Farol de Santa Marta passou a sinalizar esta zona da costa de Cascais, cruzando com o Farol de Nossa Senhora da Guia.

    Ao longo do século XX, o forte e farol de Santa Marta foi entrando em progressiva degradação, pelo que a edilidade local se propôs a recuperar e revitalizar o espaço.

    Em 2006 a Câmara Municipal de Cascais e o Estado Maior da Armada Portuguesa, em parceria, deram início às obras de recuperação da estrutura do forte. Com projecto elaborado pelos arquitectos Francisco Aires Mateus e Manuel Aires Mateus, esta requalificação permitiu a adaptação da fortaleza a espaço de cultura e lazer, mantendo as funções de sinalização costeira.

    Actualmente, o Farol-Museu de Santa Marta alberga um espaço museológico inédito no país, dedicado à história, património e tecnologia dos faróis portugueses, com programa da responsabilidade de Joaquim Boiça.

    Texto:Catarina Oliveira – DIDA/IGESPAR, I.P./ 14 de Novembro de 2007

    Outras Ligações:

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    Forte de S. Lourenço do Bugio- Oeiras – Lisboa

    Posted by mjfs em Abril 21, 2009

     Forte de São Lourenço do Bugio

    Antecedentes:

    A ideia de uma fortificação para a barra do rio Tejo, com a função de protecção do acesso marítimo à cidade de Lisboa, foi primeiramente apresentada no reinado de D. Sebastião (1568-78) pelo arquitecto Francisco de Holanda, na obra Da fábrica que falece a cidade de Lisboa (Lisboa, 1571), indicando para essa finalidade o areal da Cabeça Seca. O soberano acatou essa sugestão, encarregando, em 1578, D. Manuel de Almada de erguer essa estrutura, com a função estratégica de cruzar fogos com a primitiva Torre de São Gião. Diante da crise sucessória que se instalou com a morte do soberano na batalha de Alcácer-Quibir e diante da possibilidade de uma invasão de Portugal pelas tropas de D. Filipe II de Espanha, optou-se por uma estrutura de campanha de pequenas dimensões, erguida sobre grossa estacaria de madeira, que entulhada com pedras, serviu de alicerce para uma plataforma com algumas peças de artilharia. Rendida pela armada espanhola em 1580, foi posteriormente desarmada. A fragilidade do material, entretanto, aliada à instabilidade do banco de areia e à ação das correntes e das marés, em pouco tempo comprometeu irremediavelmente esta estrutura.

    O início das obras: Giovanni Casale

    À época da Dinastia Filipina, o rei D. Filipe I (1580-98) determinou ao engenheiro militar e arquitecto italiano frei Giovanni Vicenzo Casale um estudo para melhorar o sistema defensivo da barra de Lisboa (1586), então sob ameaça de corsários ingleses e holandeses. Alguns historiadores atribuem ao Engenheiro-mór de Espanha, o sienense Tibúrcio Spanochi, neste período, o projecto para uma fortificação definitiva na Cabeça Seca. Em Janeiro de 1590 Casale apresentou ao soberano os projetos da fortificação, com duas planimetrias distintas: uma estrelada (atendendo a uma sugestão de André de Prade, na Corte de Madrid) e outra circular. A opção foi por esta última, mais sólida diante da dinâmica das águas e que permitia um melhor posicionamento da artilharia. Nesse mesmo ano expediu-se ordem para se proceder ao desenho das barcas e machinas necessárias para o transporte e lançamento das pedras que serviriam de fundamentos debaixo de água, tarefa concluída em 1593, como reportado por Casale ao soberano.

    Mediante o falecimento de Casale em Lisboa, em fins de 1594, foram nomeados para dirigir as obras dois discípulos seus, Tibúrcio Spannochi e Anton Coll, sob a justificativa de que ambos eram conhecedores do modo de fabricar y manejar los instrumentos e para que a traça començada não fosse alterada. Para a preparação dos blocos de pedra utilizada na fundação e nas muralhas, foi erguido um canteiro de obras em terra, próximo a São Julião da Barra (também em obras à época), que ficou conhecido como Feitoria das Obras da Cabeça Seca ou simplesmente Feitoria d’El-Rei, conforme referência de João Vaz, Juiz Ordinário e dos Orfãos do reguengo de A-Par-de-Oeiras (1596). A mesma fonte dá conta de que a cantaria pronta era transportada para as obras do forte por trinta mestres de barcas (ver Bateria da Feitoria).

    O desenvolvimento das obras: Leonardo Torrianni

    A partir de 1598 a direção da obra foi assumida pelo engenheiro militar e arquitecto cremonense Leonardo Torriani, nomeado Engenheiro-Mór do Reino, e como encarregado dela, Gaspar Rodrigues. A partir de então o projecto entrou numa nova fase, dadas as alterações que Torriani lhe introduziu, ampliando-a. Entre os problemas vivenciados à época, cita-se uma dúvida sobre o fundo da barra: provavelmente devido a problemas com o transporte das pedras, nos anos de 1607 e de 1608 sucederam-se várias sondagens daquele fundo, por profissionais e práticos, que atestaram que ela permanecia boa e capaz para a entrada das naus da Índia.

    A conclusão das obras: João Torriani

    Quando da Restauração da Independência, ainda em obras mas já guarnecida e artilhada, o seu Governador espanhol, João Carrilho Rótulo, rendeu-se às forças do Duque de Bragança (2 de dezembro de 1640). Assumindo o trono como D. João IV (1640-56), por Decreto Real este soberano determinou que as obras fossem concluídas e que um engenheiro português assumisse os trabalhos (1643), conforme placa epigráfica de bronze primitivamente sobre o portão do forte (hoje no pólo museológico da Direcção de Faróis, em Paço de Arcos) que reza:

    O muito alto e muito poderoso rei de Portugal D. João IV, de gloriosa memória, mandou fazer esta fortaleza à ordem do conde de Cantanhede, D. António Luís de Menezes, dos seus Conselhos de Estado e [de] Guerra, Veador da Fazenda e Governador das Armas [da Praça] de Cascais, que [a] começou no ano de 1643.

    Iniciou-se assim uma nova etapa construtiva, sob a superintendência do conde de Cantanhede (1596-1675), tendo como encarregado o frei João Torriani, coadjuvado por Mateus do Couto, até serem dadas como concluídas em 1657.

    No final do século XVII, um Decreto estipulou que esta fortificação passaria a ter comando separado do Forte de São Julião da Barra, ao qual se subordinava (1675).

    Forte de São Lourenço do Bugio

    O Farol do Bugio:

    Em planta datada de 1693 já se encontra figurada uma torre encimada por um farol, estrutura que, à semelhança de uma vela acesa (em francês bougie), teria rendido o nome de bugio à estrutura. O relatório de inspecção efetuada em 1751 ao farol, mostra que o mesmo operava com azeite, no período de Outubro a Março, e que se encontrava em razoáveis condições. Esta estrutura, destruída pelo terramoto de 1755, foi reedificada como um dos seis faróis erguidos na costa portuguesa para auxílio à navegação, conforme determinação de um Alvará do Marquês de Pombal datado de 1758. O novo farol entrou em funcionamento em 1775.

    Do século XIX ao XXI:

    Quando da eclosão da Guerra Peninsular, foi ocupada pelas tropas napoleônicas (1807) e, posteriormente, durante as Guerras Liberais, foi alvo do fogo da artilharia da esquadra francesa que, sob o comando do almirante Roussin, forçou a barra do Tejo (1831). Datam desta fase alguns projectos de alterações que não chegaram a ser implementados. Ao final do século XIX foi classificada como Praça de Guerra de 2ª Classe, ocasião em que se encontrava artilhada com 18 peças de bronze e 2 obuses (1880).

    Ao alvorecer do século XX, entre 1902 e 1903 o capitão de engenheiros Augusto Vieira da Silva, procedeu-lhe reformas na cisterna e iniciou a construção de estruturas para acesso de carga que não chegaram a ser concluídas. Encontrava-se guarnecida por artilheiros ainda em 1911. Nas décadas de 1930 e de 1940 foram procedidos trabalhos de dragagem no seu entorno. Ao término da II Guerra Mundial, sem valor defensivo, foi entregue pelo Ministério da Guerra à Direcção dos Serviços de Faróis do Ministério da Marinha (1945), quando se iniciaria uma nova etapa de sua história, marcada pela sua declaração como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 41.191 de 18 de Julho de 1957.

    Severamente danificado pelo tempo e pela erosão das àguas, a partir da década de 1950 sofreu diversas intervenções de consolidação, reparos e conservação sob a responsabilidade da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) e da DSCC (1952, 1954, 1958-63, 1980 e 1982), da APL (1969) e recentemente da DGEMN outra vez (1993, 1995, 1996-2000).

    Actualmente é utilizada como farol de apoio à navegação.

    Características:

    A estrutura, considerada modelo de fortificação renascentista, apresenta planta no formato circular perfeito, em alvenaria de pedra, formato escolhido por Casale que considerou que este permitia uma melhor direção do fogo da artilharia, ao mesmo tempo em que lhe conferia uma maior solidez para resistir à erosão provocada pelas correntes do rio e força das marés. É composta por:

    muralha externa com alambor (base circular, com 62 metros de diâmetro por 6 metros de altura), rasgada por porta em arco de asa de cesto;

    muralha interna (formato circular, com 33 metros de diâmetro por 7 metros de altura), na qual se inscrevem internamente as dependências de serviço (21 compartimentos). O seu terrapleno é lajeado, com baterias;

    torre central (formato circular, com 3 metros de diâmetro por 16 metros de altura), com porta em arco de asa de cesto. No topo da torre se encontra instalado o moderno farol.

    As dependências de serviço são constituídas pela Casa de Comando, quartéis, paiol, depósitos, cisterna e Capela. Nesta última, destaca-se um retábulo-mor em estilo maneirista com embrechados de mármore, tendo as paredes e o tecto forrados em madeira pintada.

    Curiosidades:

    O Forte do Bugio, inspirado no Castel Sant’Angelo em Roma, na Itália, por sua vez serviu de modelo para o Forte de São Marcelo em sítio semelhante, na cidade do Salvador na Bahia de Todos os Santos, Brasil, cuja traça se deve ao Engenheiro-mor Francisco de Frias da Mesquita (desde 1603), em 1622.

    Fonte: pt.wikipedia

     

     Forte de São Lourenço do Bugio

    Outras Ligações:

  • Torre de São Lourenço (IPA / DGEMN)
  • Instituto Português de Arqueologia
  • Torre de São Lourenço (Pesquisa de Património / IPPAR)
  • Torre de São Lourenço – pt.wikipedia
  • Torre de São Lourenço – Guia da Cidade
  • Torre de São Lourenço – skyscrapercity.com

     

     

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    Forte de São Bruno em Caxias – Lisboa

    Posted by mjfs em Abril 20, 2009

     Forte de São Bruno em Caxias

    Depois da Restauração da Independência em 1640, D. João IV verificou a necessidade de reforçar a defesa da costa atlântica, face aos ataques da armada espanhola. Desta forma, os engenheiros militares do reino reestruturaram as fortalezas construídas no século XVI, aumentando a sua capacidade de fogo, e delinearam projectos para novas defesas, que reforçavam a linha de fogo das já existentes.

    Em 1647 o monarca determinou que fosse edificado um pequeno forte no lugar de Caxias, destinado a intensificar a defesa da margem direita da barra do rio Tejo, através do cruzamento de fogo com os fortes de Nossa Senhora do Vale e Nossa Senhora de Porto Salvo, e desta forma reforçando a defesa do Forte de São Julião da Barra. D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede e Governador de Armas da Praça de Cascais, seria nomeado como responsável pela obra.

    O forte apresenta planimetria poligonal em forma de estrela, que se desenvolve em torno de um pátio central quadrangular, com dois baluartes. A entrada no interior da bateria faz-se por um grande portal de arco pleno ladeado por pilastras, sobre o qual foi colocado o escudo de Portugal com a data 1647. Ao centro do pátio foi construída a casa forte, com cobertura abobadada.

    A partir do século XVIII esta fortaleza foi desactivada diversas vezes, devido aos frequentes assoreamentos a que estava sujeita. No início da centúria seguinte ainda integrou as designadas Linhas de Torres, três linhas defensivas formadas por um conjunto de cerca de 150 fortalezas distribuídas entre Torres Vedras e Lisboa, que asseguraram a defesa da capital durante a terceira invasão das tropas napoleónicas.

    Depois desta data, o Forte de São Bruno foi desartilhado, e em 1895 seria ocupado pela Administração Geral das Alfândegas. Somente em meados do século XX, entre 1952 e 1958, o forte foi objecto de obras de conservação e restauro.

    Texto: C. O. / IPPAR

    Outras Ligações:

    Forte de São Bruno de Caxias

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    Forte de Santa Apolónia – Lisboa

    Posted by mjfs em Abril 10, 2009

     Forte de Santa Apolonia

    O Forte de Santa Apolónia, também conhecido como Baluarte de Santa Apolónia ou Bateria do Manique, localiza-se na freguesia de São João, concelho e Distrito de Lisboa, em Portugal.

    História

    Integrante da cintura defensiva seiscentista de Lisboa, acredita-se que a sua edificação remonte à época da Guerra da Restauração, entre 1652 e 1668, e que jamais tenha sido concluído.

    Em época indeterminada, a perda de sua função defensiva fez com que o imóvel do antigo forte fosse integrado aos terrenos da Quinta do Manique, que pertenceu inicialmente ao visconde de Manique (que lhe fez acrescentar dois portões seiscentistas em cantaria), e, posteriormente, aos condes de São Vicente.

    Em 1945, os remanescentes do Forte de Santa Apolónia eram propriedade da firma George & H. Hall, Lda.

    O conjunto encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto de 6 de Março de 1996. Aguarda, entretanto, a implementação de um projecto de preservação e recuperação encomendado, à época, pela Câmara Municipal de Lisboa, à Associação dos Amigos dos Castelos.

    O plano prevê a recuperação da muralha e de duas guaritas, a escavação do terreno para retirada do entulho e uma intervenção paisagística de forma a preservar o baluarte, transformando-o num espaço verde onde se possa desfrutar a paisagem privilegiada do Tejo. Complementarmente, o projecto sugeriu a criação de um parque infantil, de uma cafetaria, além do aproveitamento de uma das três caves do edifício Concorde, um prédio de habitação de 12 pavimentos construído no interior da fortificação – sem licença de habitação – para instalação de um equipamento, por exemplo uma biblioteca. O custo

    Características

    Este forte, no sector oriental da cidade, em posição dominante sobre o rio Tejo, encontra-se actualmente inscrito em zona habitada, numa zona carenciada de espaços verdes. De planta originalmente pentagonal, apresenta os flancos bem marcados e inseridos na gola; a muralha, que acompanha a inclinação do terreno, é de alvenaria com cunhais de cantaria de calcário e bases de duas guaritas, possuindo, também, dois portões seiscentistas mandados construir pelo Visconde de Manique, sendo que o esquerdo dá acesso ao mirante; no coroamento dos muros localizam-se guardas exteriores de alvenaria, canhoneiras e alegretes intervalados com assentos de pedra.

    Outras Ligações

    (Fonte. pt.wikipedia)

     

    Notícias:

    ‘Task force’ para cuidar forte de Santa Apolónia

    Monumento alberga uma torre de 12 pisos dentro das muralhas

    A recuperação da estrutura patrimonial do antigo forte de Santa Apolónia ou Baluarte de Santa Apolónia, em Lisboa, a criação naquele local de espaços verdes, zonas de lazer e até a eventual promoção de um centro social de apoio à população idosa carenciada da freguesia de São João, são ideias contidas numa proposta que os vereadores eleitos pela lista Cidadãos por Lisboa, levam amanhã à reunião do executivo municipal.

    Desde 1995, que vários projectos de recuperação foram anunciados pelas diversas gestões da autarquia de Lisboa com vista à recuperação do que resta deste forte seiscentista. Contudo, até agora nenhuma se concretizou. Em 2001, o DN chegou mesmo a noticiar que havia verba inscrita no orçamento municipal para o início dos trabalhos…

    Não sendo uma prioridade, a recuperação do baluarte acabou por ser sucessivamente adiada. Com a degradação do edificado e a insegurança a avançarem a passos largos, Helena Roseta, do grupo dos vereadores Cidadãos por Lisboa defende que o município deve “através do pelouro da Reabilitação Urbana, iniciar os procedimentos necessários à constituição de uma “task force;” , da qual façam parte elementos da autarquia dos pelouros da Acção Social, Cultura e Espaços Verdes e Reabilitação Urbana e representantes do IGESPAR, da Associação dos Amigos dos Castelos, da equipa do Projecto Agenda Local XXI da Quercus, da Associação Lisboa Verde e da Freguesia de S. João com a missão de reabilitar aquele monumento.

    Em 2001, um projecto de reabilitação do espaço que contou com o apoio técnico do presidente da Associação dos Amigos dos Castelos, e especialista em engenharia militar, coronel Sousa Lobo, chegou a estar orçamentado e pronto a ser lançado a concurso: 1,150 milhões de euros era o valor do investimento estimado. A intervenção previa a recuperação do pano da muralha, de algumas guaritas, modelação do terreno, criação de um sistema de drenagem, plantação de árvores e criação de zona de lazer com esplanada, um café e uma biblioteca. A ideia era dar segurança criar infra-estruturas para envolvente.

    No interior do que resta do Baluarte de Santa Apolónia, localizado junto à Avenida Afonso III, foi construída há 24 anos uma torre de 12 pisos acima do solo. São, precisamente, os moradores deste Edifício Concorde, quem mais tem reivindicado a recuperação do velho forte.

    (Fonte: DN-Online – Por: Luísa Botinas – 11/03/08)

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