Cafe Nicola – Lisboa
Posted by mjfs em Abril 3, 2008
Cafés com História
Estabelecimentos charmosos, marcaram diferentes épocas, foram ponto de encontro e, muitas vezes, de partida para movimentos sociais, políticos, culturais. Pela porta de cafés como o Nicola, o Marare, o Martinho da Arcada, entre tantos outros, passaram algumas das mais emblemáticas figuras públicas. Hoje, alguns vão subsistindo, consituindo-se como verdadeiros refúgios onde a História passada parece, ainda, continuar a vibrar.
CAFÉ NICOLA
Lugar de intercâmbio de ideias, debates literários e propaganda de opiniões, é assim que podemos definir um dos cafés mais frequentados do séc. XVIII. Fundado no Rossio por um italiano, Nicola Breteiro, este é um dos estabelecimentos mais antigos de Lisboa.
Tendo como alcunha “Academia”, devido ao largo leque de intelectuais que o frequentavam, o Nicola teve um frequentador que se destacava por entre todos outros. Esse homem era Manuel Maria Barbosa du Bocage. Um dos episódios mais engraçados da vida deste autor aconteceu precisamente à frente do Nicola: conta-se que um polícia lhe perguntou quem era, donde vinha e para onde ia, ao que o espirituoso poeta respondeu
“Eu sou Bocage
Venho do Nicola
Vou p’ro outro mundo
Se dispara a pistola”.
Devido à pressão política que se fazia sentir, e aos constantes confrontos dos seus frequentadores com a polícia, o Nicola é obrigado a encerrar.
José Pedro da Silva, um dos empregados do botequim que cuidadosamente servia os poetas e intelectuais, resolveu entrar no negocio da restauração abrindo ele próprio um café cujo nome também faria história: O Botequim das Parras.
No entanto em 1929, Joaquim Fonseca Albuquerque volta a recuperar o antigo café contribuindo assim para que as gerações futuras conheçam a aura do estabelecimento que foi frequentado por Bocage.
jose martins filho said
senhores,
como posso obter, uma autentica receita do file a nicola?^
desde já,grato
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