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Cidade de Lisboa

Posted by mjfs em Agosto 30, 2007

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Lisboa é conhecida como cidade branca, graças à luminosidade única que emana. A luz, o ambiente e o clima proporcionam passeios maravilhosos ao longo de várias zonas da cidade. É uma beleza que se estende para lá dos monumentos, que se vive na rua, que se abraça com todos os sentidos.

Situados na sua maior parte no centro de Lisboa, os bairros históricos são destino obrigatório para quem se desloque à capital de Portugal. Pela cultura, pela história, pela arquitectura, pelas pessoas ou simplesmente para passear descontraidamente, é imperativo descobri-los. Fazendo parte estrutural da identidade lisboeta, estes bairros proporcionam, a quem os descobre, traçar um verdadeiro mapa pessoal. As possibilidades são imensas. Não as deixe passar ao lado.  

O Bairro Alto é um dos bairros mais paradigmáticos e atraentes para viver a cidade. Típico e popular, o Bairro Alto possui imensos rasgos de modernidade, com lojas de roupa e de design e bares, muito bares. O encontro de pessoas, num ambiente ecléctico e multicultural, é uma das boas razões para passear pelo bairro. Calcá-lo, descobrir todas as ruas, as ruelas e os becos, é imprescindível. Bons restaurantes lado a lado com livrarias intimistas, em que sempre acontecem coisas, casas de chá emparelhadas com lojas de design e lojas de roupa de alguns dos mais conceituados artistas portugueses. É um bairro apaixonante, cheio de atracções, combinando arrojo e sofisticação com tradição e antiguidade. Passear no Bairro Alto é um acto irrepetível em qualquer outro ponto da cidade.  

Depois do Bairro Alto, desça pelo Chiado, onde encontrará um ambiente ainda mais sofisticado. Ponto de encontro de jovens, artistas e intelectuais, o Chiado é a zona dos cafés emblemáticos, como “A Brasileira”, das escolas de arte, dos teatros e da história viva. Para além da beleza do local, são as pessoas que o fazem, com a sua actividade e atitude positiva. 

A zona do Carmo, vizinha do Chiado, tem alguns pontos fascinantes da história da cidade, como o Convento e a Igreja do Carmo, que mantém a elegância e a  imponência. Aí poderá visitar as ruínas, mas também o Museu Arqueológico do Carmo, que inclui um espólio de peças pré-históricas, romanas, medievais, manuelinas, renascentistas e barrocas. O Largo do Carmo é também um local emblemático da história nacional recente, tendo sido palco privilegiado da revolução dos cravos, em 25 de Abril de 1974. A ligação entre o Carmo e a Baixa é feita através de outro monumento fundamental da cidade, o irresistível Elevador de Santa Justa. 

No topo deparamo-nos com uma belíssima vista sobre a Baixa Pombalina. Não perca a oportunidade de descer ou subir por este elevador centenário, o único elevador vertical que presta um serviço público e que foi concebido por um discípulo de Gustave Eiffel, mantendo por isso um estilo arquitectónico peculiar. Já na Baixa, por tradição o centro comercial da cidade, encontrará um forte pólo de concentração de lojas e um local único para passear. Um acolhimento personalizado torna as compras ainda mais prazenteiras. A Rua Augusta é a artéria principal da Baixa Pombalina, unindo o Terreiro do Paço, aberto para o rio e símbolo de poder, à belíssima Praça do Rossio (D. Pedro V). Acima do Rossio, descubra a Avenida da Liberdade. Um passeio naquela que já foi, em pleno século XIX, o “Passeio Público” da cidade e onde as elites se juntavam para caminhar diletantemente. Hoje, encontram-se na Avenida as lojas de grandes marcas, onde se realizam as compras mais cosmopolitas e mais internacionais da cidade.

O eléctrico é um dos mais famosos e típicos transportes de Lisboa. Viajar nele é entrar num imaginário presente, mas também tradicional. Pode passear até Alfama através dele, mas um passeio a pé pela encosta é também bastante atraente. Da Baixa para cima, encontrará ruas típicas, vielas e miradouros extraordinários. 

Mal começamos a subir, deparamo-nos com o mais popular dos santos portugueses, o Santo António, numa pequena estátua restaurada, numa igreja com o seu nome e no Museu Antoniano. Este santo popular é inspirador pela apologia ao amor. Logo depois, encontramos a Sé Catedral (século XIII), um verdadeiro monumento, cuja imponência e austeridade fazem-nos realmente parar e entrar para sermos surpreendidos. Continuando a subir, sem medo de nos cansarmos pois as descobertas mantém-nos bem despertos e desejosos de ver mais, encontraremos os miradouros de Santa Luzia e das Portas do Sol. Parta enfim para o Castelo de S.Jorge, onde a História da cidade começou. Este é um dos monumentos mais visitados na cidade, não só pela sua importância histórica e cultural, mas também pela magnífica vista que oferece sobre Lisboa. Encontramos casais de namorados, crianças e jovens, os mais velhos a conviver, famílias inteiras e turistas, num ambiente familiar que atravessa séculos e séculos de história. 

Na Costa do Castelo, encontrará outros miradouros com ambientes especiais, especialmente o do Chapitô, um espaço único. Escola de Artes Circenses, bar, café, esplanada e restaurante, conjugados para criar um ambiente excepcional, diversificado, belo e amplo.

 Se foi no Castelo que tudo começou, a história encontra-se em toda a cidade. Com mil anos de história, Lisboa está repleta de monumentos de grande importância, que traduzem alguns dos momentos mais fundamentais da história nacional. Capital de Império, Lisboa teve o seu expoente máximo de riqueza na época dos Descobrimentos, assegurando um património único de uma beleza rara.  

Bem perto do Castelo, na Graça, encontra-se a Igreja e Mosteiro de S.Vicente de Fora, um dos mais imponentes e notáveis monumentos religiosos da cidade. Construído logo a seguir à conquista da cidade aos mouros, foi o resultado de um voto do rei D.Afonso Henriques a S.Vicente durante o cerco à cidade em 1143. Bem perto, podemos dar de caras, se for terça-feira ou sábado, como uma das mais populares e concorridas feiras da cidade, a Feira da Ladra. Com tudo e mais alguma coisa, descobrem-se as coisas mais inúteis e velhas, mas a maior parte das vezes irresistíveis, assim como antiguidades preciosas. É um verdadeiro passeio cultural. 

Descendo até Santa Apolónia e percorrendo essa zona ribeirinha, encontramos um original edifício, a Casa dos Bicos (século XVI). Os tais bicos que lhe dão o nome vêm da sua fachada talhada em ponta de diamante. À peculiaridade estética do edifício, com influências italianas aliadas a elementos de estilo manuelino, juntase a importância histórica de ter pertencido a Afonso de Albuquerque, vice-rei da Índia, e por terem sido encontrados vestígios arqueológicos romanos. 

Continuando pela zona ribeirinha, chegará àquele que é o bairro mais paradigmático em termos de património relacionado com os descobrimentos: Belém.  Foi da sua praia, que partiram as naus do navegador Vasco da Gama à descoberta do caminho marítimo para a Índia e em todo o lado se respira a grandeza do outrora império. Como num dos ex-libris da cidade, o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir em 1501 por iniciativa do rei D.Manuel I e que só cem anos mais tarde viria a estar concluído.  Implantado na grandiosa Praça do Império, o monumento integra elementos arquitectónicos e decorativos do gótico tardio e do renascimento, constituindo-se como um dos mais belos e grandiosos monumentos da capital. A estes elementos arquitectónicos juntaram-se motivos régios, religiosos, naturalistas e náuticos, fundando-se um edifício considerado a jóia do estilo manuelino, exclusivamente português. A excelência arquitectónica é evidente, tendo sido reconhecido como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO.  Hoje, nas alas do antigo mosteiro, estão instalados o Museu da Marinha, fundamental para conhecer um pouco da história náutica portuguesa, e o Museu de Arqueologia. A igreja do mosteiro, a Igreja de Santa Maria de Belém, é um templo magnífico de três naves sustentadas por elegantes pilares que se articulam com uma abóbada ogivada, bela e única. A luminosidade, pelos filtros que os vitrais fazem dos raios solares, é extraordinária, tendo um carácter quase irreal. Os túmulos de Vasco da Gama e do poeta épico Luís de Camões encontram-se aí. O visitante sente-se simplesmente ultrapassado pela beleza e grandeza associadas à história, à fé, mas também pelo conhecimento e determinação que moveu a cultura portuguesa.

Também em Belém, junto ao rio, encontrará outro maravilhoso monumento do manuelino, classificado igualmente como Património Mundial pela UNESCO, a Torre de Belém. Concebida no século XVI por Francisco Arruda, a Torre de Belém é constituída por uma torre quadrangular com baluarte poligonal orientada para o eixo do rio Tejo.  A decoração exterior abunda com fachadas que evidenciam influências árabes e venezianas nos balcões e varandins, contrastando com o interior, bastante mais austero na sua decoração. Os elementos orgânicos do estilo manuelino estão aqui amplamente representados, ostentando a Torre de Belém a primeira representação escultórica de um animal africano, neste caso um rinoceronte.  

Muito mais recente, mas invocando ainda a grandeza da época dos Descobrimentos, encontra-se em Belém o Padrão dos Descobrimentos. O monumento, de 1960, celebra o quinto centenário da morte do Infante D.Henrique, homenageando este impulsionador dos Descobrimentos mas também os navegadores portugueses mais fundamentais. Belém construiu, sem dúvida, a sua singularidade como símbolo da “idade de ouro” dos Descobrimentos.  Mas a modernidade e animação cultural estão igualmente presentes no CCB – Centro Cultural de Belém. Para passear pelos jardins extensos e de perder de vista, para admirar o rio ou simplesmente para descontrair-se com um delicioso pastel de nata, Belém é fundamental.

Os Pastéis de Belém são, de facto, uma verdadeira preciosidade culinária. Estes deliciosos doces são considerados os mais autênticos e mais saborosos pastéis de nata de Portugal. Com uma tradição centenária, a “fábrica” atrai centenas de visitantes. E não é de estranhar, já que a receita secreta destes doces de Belém é uma delícia inesquecível.  A gastronomia de Lisboa é, em todos os sentidos, original e bem saborosa. O Bife é um dos pratos mais procurados, sendo o Bife à Café o mais típico de Lisboa. Em qualquer restaurante, encontrará pelo menos um prato de Bacalhau, havendo até locais especializados exclusivamente em receitas deste peixe tão apreciado.  Passear pelas ruas no Outono ou no Inverno é também conhecer as famosas Castanhas Assadas. Vendidas na rua, tornaram-se um elemento integrante do quotidiano da cidade. Saborosas e estaladiças, as castanhas são imprescindíveis para um passeio pelas ruas de Lisboa. 

A passear descobrirá igualmente um dos elementos mais originais da cidade: a calçada portuguesa. Não basta olhar em frente ou em volta. Para apreciar Lisboa em pleno, há que olhar também para o chão, pois alguns dos passeios constituem-se como verdadeiras obras de arte. Esta forma tradicional de tratamento do espaço urbano tem um valor estético genuíno, constituindo-se como uma evidente manifestação da cultura nacional.  

Quando se fala em manifestações culturais, é indispensável falar de Fado. Em Lisboa, abundam as casas de Fado, principalmente nos Bairros populares como Alfama ou Bairro Alto. Desde as mais formais, em que há um arrepio gerado pela força emocional desta forma de música tão peculiar, até aos mais informais, em que todos cantam espontaneamente e à desgarrada. A emoção única intensificada pela voz e pela música, conjugando alegria e tristeza sempre espelhando a vida em toda a sua força e paixão. 

Ideal para todas as idades é também o Parque das Nações. Na parte oriental de Lisboa, onde se realizou a Expo98, encontramos este extenso complexo cultural, lúdico, residencial e empresarial, que se constitui como um pólo fundamental da vida da cidade e um exemplo da modernidade integrada. Um espaço que deixa todos de boca aberta pela harmonia com o rio e pela diversificada oferta de que dispõe. Para além dos jardins que se multiplicam ao longo do rio, encontramos infra-estruturas únicas, como o Pavilhão Atlântico, onde podemos assistir a inúmeros concertos musicais e importantes provas desportivas internacionais.  Desde 19 de Abril de 2006, o Parque das Nações possui também um atractivo local de animação, o Casino Lisboa. Imprescindível é também o Oceanário de Lisboa, que deslumbra pequenos e graúdos pela diversidade da fauna. O Pavilhão do Conhecimento e a Torre Vasco da Gama são outras das atracções deste espaço único. Fantástico é passear pelo teleférico, em que, durante um quilómetro de percurso, se desfruta de fantásticas vistas e de uma emocionante viagem.

Também perto do rio e dispondo de novas e atraentes infra-estruturas, existem as Docas. Local de encontro privilegiado, as Docas de Lisboa, nomeadamente a de Alcântara, são um verdadeiro deleite para os passeios dos lisboetas. Famílias, amigos, pessoas de todas as idades aproveitam o contacto com o rio e a variedade do local para fazerem os seus passeios e conviverem em pleno. Esplanadas, espaços lúdicos e culturais enchemse de gente disposta a passar um bom dia. Mais do que um carácter meramente lúdico, Lisboa oferece hoje, pela sua viragem à modernidade, excelentes condições e equipamentos para o desenvolvimento de acções e acontecimentos profissionais, como congressos por exemplo.

 A FIL, no Parque das Nações, mas também o remodelado e modernizado Centro de Congressos de Lisboa ou o singular Centro Cultural de Belém são alguns dos exemplos de infra-estruturas disponíveis para actividades de trabalho. De facto, Lisboa concretiza a fórmula impossível para o tempo mais bem passado, quer em trabalho quer em diversão e até podendo trabalhar e divertir-se numa única viagem.

Lisboa é uma cidade extremamente animada. Nos 365 dias do ano, há sempre algo a acontecer. Eventos culturais, festas, feiras, festivais, são uma constante na capital portuguesa. Mas é à noite que as principais portas de animação se abrem, construindo-se eixos internos da cidade para puro gozo, festa e convívio. Os jovens adultos são os principais consumidores da noite lisboeta, mantendo a tradição de diversão até de manhã.  

DENTRO E FORA DE PORTAS 

O Bairro Alto tem uma tradição única na história da noite lisboeta. Sempre renovado, tornou-se num dos espaços da cidade em que mais bares abundam. As ruas estreitas enchem-se de pessoas todas as noites, especialmente às sextas e sábados em que todos aproveitam o fim-de-semana para a máxima diversão. A quantidade de oferta e a procura muito plural fazem do Bairro Alto um lugar em que todos os públicos se misturam, desde os mais jovens, de todos os estilos, até aos mais velhos que procuram um bar calmo com boa música. Uma das características únicas do Bairro, como é conhecido por quem mais o frequenta, é a possibilidade de usar as ruas, aproveitando para conviver ao ar livre, sempre em boa disposição. Os bairros próximos do Bairro Alto tem também já bastante animação nocturna, como a Bica, mais abaixo, e o Princípe Real, acima em direcção ao Rato. 

JUNTO AO RIO, TODA A NOITE  

A zona ribeirinha é bastante profícua em animação nocturna, tendo alguns pólos fundamentais para descobrir a noite lisboeta. A mais conhecida é mesmo a Av.24 de Julho, assim como a zona de Santos. Aí encontram-se inúmeros bares e discotecas, estando lá instalados alguns dos estabelecimentos nocturnos mais populares.  As Docas, em Alcântara e Santo Amaro, também encontrará bastante animação, mesmo junto ao rio. Estes espaços, também com muito movimento durante o dia, oferecem um cenário perfeito para uma noite bem passada. Na zona de Santa Apolónia, vai descobrir uma das discotecas mais in da cidade de Lisboa. Além de poder dançar e apreciar um ambiente único, poderá ainda assistir a concertos ou a apresentações de DJ’s internacionais. Nesta zona ribeirinha, encontrará também restaurantes de excelente qualidade.

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Distritos de Portugal

Posted by mjfs em Agosto 22, 2007

Em Portugal um Distrito é uma divisão administrativa que data de 1835. Antes deste ano, as províncias subdividiam-se em comarcas. A Lei de 25 de Abril de 1835 suprimiu as províncias e as comarcas e criou dezassete distritos no continente e quatro nas Ilhas Adjacentes. À frente de cada distrito ficaria um Administrador-Geral — que, a partir de 1840, passaria a ser designado por Governador Civil. No século XIV e século XV, nos territórios das ilhas davam o nome de capitanias, geridas por capitães donatários.

Poucas mudanças houve desde então; apenas a mudança de sede do distrito de Lamego, que passou para Viseu, devido à sua posição mais central; e a criação do distrito de Setúbal, em 1926, autonomizado face ao distrito de Lisboa.

Os quatro distritos sitos nas ilhas adjacentes – três no arquipélago dos Açores (Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada) e um na Madeira (Funchal) – foram suprimidos com a entrada em vigor da Constituição de 1976, que concedeu ampla autonomia àquelas regiões insulares através dos respectivos Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores e Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma da Madeira previsto na Constituição da República Portuguesa.

Em Portugal a designação Distrito é também aplicada às grandes divisões judiciárias do país, cada uma correspondendo a um Tribunal da Relação. Neste âmbito os distritos são chamados Distritos Judiciais ou Distritos da Relação, por oposição aos anteriores, chamados Distritos Administrativos ou Civis. Actualmente existem os Distritos Judiciais de Guimarães, do Porto, de Coimbra, de Lisboa e de Évora.

Lista dos distritos portugueses

  1. Distrito de Aveiro
  2. Distrito de Beja
  3. Distrito de Braga
  4. Distrito de Bragança
  5. Distrito de Castelo Branco
  6. Distrito de Coimbra
  7. Distrito de Évora
  8. Distrito de Faro
  9. Distrito da Guarda
  10. Distrito de Leiria
  11. Distrito de Lisboa
  12. Distrito de Portalegre
  13. Distrito do Porto
  14. Distrito de Santarém
  15. Distrito de Setúbal
  16. Distrito de Viana do Castelo
  17. Distrito de Viseu
  18. Distrito de Vila Real

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