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Património de Portugal

Castro Ovil – Paramos – Espinho

Posted by mjfs em Dezembro 22, 2007

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O Castro de Ovil, situado no lugar do Monte, próximo do apeadeiro da Linha do Vouga, na freguesia de Paramos (Espinho) é um dos pólos de maior interesse no concelho, passível de ser aproveitado e potenciado como alavanca de desenvolvimento local. Situado no sopé de uma colina sobranceira à ribeira de Rio Maior, curso de água que desagua na Barrinha de Esmoriz/Lagoa de Paramos, ecossistema integrado na lista europeia de sítios Rede Natura 2000, na Rede IBA (Important Bird Areas) e na Reserva Ecológica Nacional (REN), o Castro de Ovil, além do seu valor histórico-cultural (possui estruturas habitacionais do período castrejo – século II a.C. – com exemplos de arqueologia industrial: a Fábrica do Castelo, de 1836), possui também um significativo valor natural, dado que está inserido numa área verde bastante interessante do ponto de vista da biodiversidade e extremamente aprazível do ponto de vista lúdico. O serpenteante vale que acompanha a Ribeira de Rio Maior, recurso hídrico infelizmente extremamente poluído por detritos industriais e domésticos, apresenta uma vegetação ripícola bastante densa e luxuriante e com várias espécies arbóreas dignas de realce: choupos, amieiros, salgueiros, ulmeiros e carvalhos. Para lá das imediações do vale, impera o pinheiro-bravo e o eucalipto. Significa, pois, que a par do valioso património arqueológico e histórico, que motivou a classificação do Castro de Ovil como imóvel de interesse concelhio a 17 de Julho de 1990, a área adjacente e limítrofe ao antigo povoado castrejo possui mais-valias do ponto de vista natural que, a serem colocadas ao serviço das populações locais e dos turistas, podem lograr o incremento do designado turismo da natureza e do turismo cultural. A Câmara Municipal de Espinho aprovou em 2000 um projecto que prevê a musealização do Castro de Ovil e a construção de um Centro Interpretativo, obras que já deveriam estar prontas desde 2004. Pelos motivos expostos, considera-se que a este espaço lhe é devida uma protecção consistente e uma acção de valorização efectiva e global.

(Fonte: Campo Aberto)

Uma resposta to “Castro Ovil – Paramos – Espinho”

  1. Rui Bengas said

    Depois de ler e de ficar a conhecer a história deste local magnífico mais profundamente, fiquei a entender que a história, a arqueologia, a vegetação e o rio que por lá passa, é para algumas pessoas mero LIXO, insignificante e esquecido no nada, que não fica no centro da cidade onde pudesse ser vista e apreciada por todos e onde se colocaria uma placa caça ao voto A OBRA VÊ-SE. O valioso património arqueológico e histórico como indica o texto, tem sido palco de paint ball, arremesso de pedras arqueológicas de milhares de anos para o rio, local de merendas com fogareiros à mistura e vegetação luxuriante e espécies dignas de realce como indica o texto a serem pisadas, danificadas por pessoas que não sabem o achado arqueológico que ali foi feito. Sou habitante natural de PARAMOS há 32 anos e digo que é uma VERGONHA ninguém fazer nada em relação a esta situação. Gostaria que esta mensagem chegasse a pessoas que realmente se importam com o nosso património cultural, e que possam reverter esta situação de modo a que um dia os meus filhos e netos ainda possam ver esta maravilha.

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